É possível dizer que o mercado livre de energia, também conhecido como Ambiente de Contratação Livre (ACL), nasce com a publicação da resolução 265, em 13 de agosto de 1998, da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Nessa resolução, a agência estabelece as condições para o exercício das atividades de comercialização de energia elétrica no mercado de livre negociação. Entretanto, foi em 1999 que os primeiros movimentos do mercado livre de energia começaram a efetivamente acontecer. A constituição da Administradora do Mercado de Energia (Asmae) em 10 de fevereiro de 1999, cuja missão era colocar em prática o MAE e o surgimento, em novembro, dos dois primeiros consumidores livres (Carbocloro e Volkswagen) do país são marcos importantes na criação do Ambiente de Contratação Livre como conhecemos hoje.
No ano seguinte, em agosto, as regras do Mercado Atacadista de Energia (MAE) são homologadas e as diretrizes para a sua implantação são fixadas. No mês seguinte, em setembro, as operações da Asmae são iniciadas. Em 2001, entretanto, o cenário hidrológico deteriorou e o risco de racionamento cresceu. Naquele ano, o período úmido terminara em abril e os reservatórios tinham pouco mais de 30% de sua capacidade na região Sudeste. Assim, em abril de 2001, a ANEEL decretou a intervenção na Asmae e extinguiu o Comitê Executivo do MAE. Dessa forma, a Asmae que era concebida como um órgão independente e passou a ser regulada pela Aneel e sujeita à fiscalização.
Durante o racionamento, houve também iniciativas positivas para o mercado livre de energia. O governo estipulou uma série de regras durante a crise que estabeleceram que os consumidores que superavam a meta de redução de consumo impostas e os autoprodutores e produtores independentes que tivessem excedentes poderiam comercializar a sobra de energia, dando origem ao embrião da comercialização.
Em março de 2002 o governo anuncia o término do racionamento de energia elétrica e em abril, a Lei nº 10.433 é sancionada, transformado o MAE em uma entidade jurídica de direito privado, atuando sob regulamentação e fiscalização da Aneel. Em 30 de dezembro, 25 meses após sua criação, o MAE realiza a primeira liquidação financeira de sua história.
Dois anos depois, em 15 de março de 2004, por meio da Lei nº 10.848, o governo institui o novo modelo do setor, com a criação da CCEE, e regulamentou a comercialização de energia por meio do Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004. Além da CCEE, a Lei nº 10.848 criou também a Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) e os dois ambientes de negociação que conhecemos hoje: o Ambiente de Contratação Regulado (ACR) e o ACL. Assim, foi estabelecido os pilares para o setor da forma como conhecemos hoje.
Ao longo desse período, o mercado livre expandiu e ganhou relevância entre os grandes consumidores brasileiros. Atualmente, são mais de 12.949 agentes, dos quais 9.232 são consumidores especiais e 1.244 são consumidores livres.
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